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Suspensão de frango do Brasil na Europa é “hipocrisia”, diz Santin

Mercados europeus e mexicanos suspendem compras de produtos avícolas do Brasil, gerando críticas sobre protecionismo. Ricardo Santin destaca a eficácia das medidas sanitárias no país e a necessidade de um fundo nacional para emergências sanitárias.

Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), criticou o “protecionismo e preciosismo” de mercados como Europa e México, que suspenderam a compra de produtos avícolas do Brasil.

Ele questionou: “Como podem temer a transmissão do vírus da influenza aviária se já têm a doença em seus territórios?” Santin citou casos ativos na França e Polônia, chamando isso de hipocrisia.

Santin destacou que a Europa usa a suspensão como uma forma de esconder a “ineficiência” de sua própria indústria. Ele elogiou o trabalho do Mapa na contenção da gripe aviária, citando que o município de Montenegro pode estar livre da doença até 18 de junho, caso não haja novas confirmações.

Apesar das restrições, ele considerou o impacto no mercado “muito pontual”. Em 2024, após a crise com a doença de Newcastle, as exportações caíram 12%, mas se recuperaram rapidamente, o que ele acredita que ocorrerá novamente.

Mercados importantes como Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Japão não fecharam suas portas, garantindo estabilidade ao comércio. Santin elogiou o trabalho do Ministério da Agricultura para reabertura de mercados e destacou a importância da regionalização nos certificados sanitários.

A OMSA reconheceu as informações do Brasil sobre o controle da gripe, e a resposta rápida no Rio Grande do Sul mostrou a eficiência dos protocolos de biosseguridade do Brasil. Ele enfatizou a importância de uma criação de um fundo nacional de defesa sanitária para emergências futuras.

Atualmente, só alguns estados têm fundos adequados, mas Santin defende a necessidade de harmonizar um sistema eficaz em todo o Brasil.

Ele acredita que, apesar dos desafios, a reputação do Brasil é fortalecida a cada crise, respondendo por 39% do mercado global de frangos, demonstrando responsabilidade e seriedade com a sanidade animal.

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