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Suprema Corte dos EUA abre brecha para processos por suposto preconceito contra brancos e heterossexuais

Suprema Corte dos EUA estabelece novo entendimento sobre discriminação no trabalho, permitindo que pessoas heterossexuais processem por preconceito. Decisão unânime abre caminho para reivindicações de outros casos de "racismo reverso" e "heterofobia".

Suprema Corte dos EUA decidiu a favor de Marlean Ames, funcionária pública de Ohio, que alegou discriminação no trabalho por ser heterossexual.

A decisão, unânime, abre precedentes para processos sobre "racismo reverso" e "heterofobia".

Ames, no serviço público desde 2004, pediu uma promoção em 2019, que foi negada, e seu cargo foi passado para uma mulher lésbica. Posteriormente, ela foi rebaixada e substituída por um homem gay mais jovem.

Ames alegou que a Lei dos Direitos Civis de 1964 protege todos, independentemente de serem grupos minoritários ou majoritários.

Antes da decisão, casos semelhantes encontravam dificuldades nas cortes. A Suprema Corte aboliu a necessidade de apresentar "elementos adicionais" para apurar discriminação.

A decisão foi endossada por grupos conservadores e pelo governo Biden. A juíza Ketanji Brown Jackson afirmou que não deve haver distinção entre grupos majoritários e minoritários.

O juiz Clarence Thomas também criticou a regra anterior, mencionando a discriminação por empresas em busca de diversidade.

Essa decisão segue um histórico recente de cortes em direitos de diversidade no país, incluindo um veto ao uso de raça em admissões universitárias.

No Brasil, o Superior Tribunal de Justiça rejeitou a tese de "racismo reverso" em fevereiro deste ano.

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