‘Suprema Corte’ da Meta recomenda exclusão de deepfake com Ronaldo e critica omissão em golpes com IA
Conselho da Meta critica empresa por permitir publicação de deepfake de Ronaldo que enganou usuários. A situação expõe falhas na moderação de conteúdos manipulados e levanta preocupações sobre golpes financeiros em plataformas digitais.
Conselho de Supervisão da Meta considera que a empresa errou ao não excluir uma deepfake de Cristiano Ronaldo promovendo um jogo de azar.
O vídeo manipulado, que teve mais de 600 mil visualizações, violava as políticas da empresa contra fraudes e anúncios enganosos. O Conselho afirmou que a Meta deveria ter vetado a utilização da imagem do ex-jogador, destacando a demora na ação, mesmo após 50 denúncias.
Foi identificado mais de 3,9 mil anúncios ativos relacionados ao jogo Plinko, incluindo 3,5 mil vídeos, muitos manipulados por IA. O vídeo de Ronaldo, que manipula a percepção de emprego e rendimentos, apresentava sinais de manipulação visíveis, como a falta de sincronização entre voz e lábios.
A Meta só removeu o anúncio após o caso ser levado ao Conselho, mas a publicação original ainda permaneceu no ar. Após revisão, foi recomendado que a Meta analise conteúdos orgânicos relacionados a anúncios em situações similares.
O Conselho expressou preocupação com a capacidade dos revisores da Meta em identificar publicações enganosas e destacou que as políticas atuais representam um risco para os usuários.
O uso de deepfakes para fraudes financeiras, especialmente em jogos de azar, é crescente, como evidenciado por preocupações do Ministério do Esporte brasileiro. A Meta, por sua vez, afirma que intensificou esforços para combater esses golpes e contestou algumas das conclusões do colegiado.
A empresa responderá às recomendações do Conselho em 60 dias.