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Suprema Corte da Coreia do Sul anula impeachment de ministro da Justiça

Ministro da Justiça é reintegrado após anulação do impeachment, mas crise política persiste. O ex-presidente Yoon Suk Yeol, responsável pela declaração de lei marcial, continua afastado e enfrenta acusações de insurreição.

O Tribunal Constitucional da Coreia do Sul anulou o impeachment do ministro da Justiça, Park Sung-jae, nesta quinta-feira (10). A decisão se deu após sua destituição em dezembro, acusando-o de apoiar a declaração de lei marcial pelo então presidente Yoon Suk Yeol.

Yoon enfrentou a pior crise política do país, resultando em sua própria destituição confirmada pela Justiça, que afirmou que ele violou deveres presidenciais e agiu além de seus poderes. Park e o premiê Han Duck-soo foram os dois membros do gabinete destituídos inicialmente. Han foi reintegrado em março e ficará no cargo até nova eleição em 3 de junho.

Park comentou que o tribunal fez justiça, já que não havia razão para sua destituição. Outros ministros renunciaram antes da apresentação de moções para tirá-los do cargo. O ex-ministro da Defesa, Kim Yong-hyun, está em julgamento criminal por insurreição.

A lei marcial durou seis horas e foi rejeitada pelo Parlamento. Lee Jae-myung, líder da oposição e favorito nas pesquisas, declarou sua candidatura, prometendo corrigir desigualdade e impulsionar o crescimento econômico. Ele destacou a polarização econômica como fonte de conflito social.

Lee propõe aumentar investimentos em tecnologia e desenvolvimento de talentos. Críticos conservadores alertam que sua ascensão ao poder poderia prejudicar a aliança com os EUA e relações com o Japão, ao passo que ele defende uma diplomacia pragmática.

Lee, 61, foi derrotado por Yoon em 2022, mas liderou o Partido Democrático em uma vitória parlamentar em 2024, com forte apoio popular. Uma pesquisa recente da Gallup coloca Lee com 34% de apoio, contra 9% para o candidato conservador Kim Moon-soo. O Partido Poder do Povo planeja escolher seu candidato em maio.

Han Dong-hoon, ex-líder do PPP, também anunciou sua candidatura, apesar de laços deteriorados com seu campo ideológico. Lee enfrenta incertezas judiciais que podem impactar sua candidatura, incluindo acusações de suborno e um escândalo imobiliário de US$ 1 bilhão, mas não está claro se isso será um impedimento. Ele já sobreviveu a uma tentativa de esfaqueamento em janeiro de 2024.

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