Supermercados recorrem até ao Exército para tentar atrair jovens diante de escassez de mão de obra
Setor supermercadista enfrenta escassez de mão de obra qualificada, apesar de 350 mil vagas disponíveis. Associação busca alternativas, como parcerias com o Exército e modelos de trabalho flexíveis para atrair novos profissionais.
Setor supermercadista brasileiro enfrenta um desafio paradoxal: apesar de ter 350 mil vagas abertas, há dificuldades em preenchê-las.
Marcio Milan, vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), revela a escassez de mão de obra qualificada. Ele menciona uma parceria com o Exército para atrair jovens.
Segundo Milan, os jovens veem o supermercado como o primeiro emprego, mas preferem trabalhos informais pela flexibilidade. Ele destaca que a taxa de desemprego está em 6,6%, o menor índice desde 2012.
A associação busca estratégias alternativas para recrutar e qualificar novos profissionais, enfatizando a parceria com o Exército para jovens que completaram o serviço militar. Milan destaca que é um processo de médio prazo com foco no mapeamento de perfis e desenvolvimento profissional.
O setor também considera a diversificação do perfil de trabalhadores, atraindo pessoas acima dos 60 anos e jovens que buscam jornadas flexíveis.
"Levamos essa demanda ao ministro do Trabalho para propor um comitê que discuta formatos de contratação adaptáveis", conclui Milan.