Supermercados querem ‘store in store’ de medicamentos, com farmácia dentro da loja
Supermercados propõem venda de medicamentos em áreas delimitadas, buscando aproximação com farmácias. A Anvisa sinaliza apoio à nova abordagem, que visa aprimorar a regulamentação do setor.
Supermercados propõem venda de medicamentos isentos de prescrição em áreas demarcadas dentro das lojas, em busca de entendimento com as farmácias.
A proposta foi apresentada na Comissão de Assuntos Sociais do Senado na quarta-feira (11). Segundo as drogarias, os supermercados abandonaram a ideia de vender os medicamentos em gôndolas livremente.
Um vice-presidente de uma rede supermercadista afirmou: "Nunca propomos vender livremente os remédios". O plano é criar um formato semelhante ao dos EUA, com uma área dedicada.
Se os supermercados não puderem operar separadamente, poderão fazer acordos com farmácias para a gestão do espaço. A Anvisa já se manifestou favoravelmente à ideia durante audiência pública.
A proposta, discutida pela Abras, a associação nacional do setor, ainda não teve adesão total dos associados, mas há uma percepção de que pode ser uma solução melhor. A Abras informou que não há lojas no Brasil vendendo remédios dessa forma atualmente.
- A Abrafarma afirma que supermercados vendem produtos em galerias, mas não no formato proposto.
- A ideia ganha força após sugestões de melhoria de eficiência do setor em novembro.
- Reações sobre o projeto geraram divergências nas redes sociais entre os segmentos.
Diante das discussões acaloradas, a ideia da “store in store” foi amadurecendo após contato entre a Abras e o Conselho Federal de Farmácias (CFF).
Riscos da venda nos supermercados, como a concorrência e efeito sobre farmácias de menor porte, foram levantados nas reuniões.