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Super Quarta: juros nos EUA em pausa e indefinição no Brasil jogam cortes para 2026

Decisões de juros nos EUA e Brasil geram expectativa de manutenção ou alta cautelosa. Mercado aguarda sinalizações sobre cortes futuros em meio a dados econômicos mistos e tensões fiscais.

Nesta quarta-feira (18), o Brasil e os Estados Unidos definirão suas novas políticas de juros, conhecido como Super Quarta.

A expectativa gira em torno das reações das autoridades monetárias aos dados econômicos recentes e tensões geopolíticas.

Segundo a LCA Consultoria:

  • Os juros deverão permanecer inalterados.

Para o Brasil:

A pesquisa da XP revela:

  • 50% dos gestores acreditam na manutenção dos juros em 14,75%.
  • 50% prevêem um aumento de 0,25 p.p., chegando a 15%.

Para os Estados Unidos:

Os indicadores sugerem que o Fomc deve manter os juros entre 4,25% e 4,5% por um ciclo adicional, com possíveis cortes no final do ano.

Segundo Pedro Ros, CEO da Referência Capital, o cenário econômico continua nebuloso, o que gerará decisões cautelosas.

O economista do Banco Daycoval, Julio Cesar Barros, acredita que o próximo comunicado do Copom sinalizará pausa e não o fim do ciclo de aumento de juros.

Dados da LCA Consultoria ainda mostram:

  • O choque tarifário de Trump não afetou a economia americana.
  • A taxa de desemprego está em patamar neutro, com aceleração no emprego.

Felipe Vasconcellos, da Equus Capital, diz que o mercado já precifica um possível corte de juros no último trimestre de 2023.

Gustavo Sung, da Suno Research, destaca que a percepção do fim do ciclo de alta de juros mudou recentemente.

A inflação de maio foi de 0,26%, mas o núcleo de serviços continua elevado, com 6,75% nos últimos 12 meses.

Outro ponto relevante: o contingenciamento de despesas do governo pode ajudar a controlar a pressão inflacionária.

As tensões políticas e proximidade das eleições de 2026 devem manter os juros em um nível contracionista por tempo prolongado.

Para o C6 Bank: o Copom deve enfatizar a necessidade de uma política monetária contracionista.

Entre os fatores decisivos, Paulo Cunha, da iHUB Investimentos, ressalta a divisão do mercado sobre a possibilidade de altas ou manutenções de juros.

A continuidade da desinflação dependerá da disciplina fiscal do governo, com foco no controle de gastos, conforme Luiz Fioreze, da Oryx Capital.

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