Super 4ª tem atenção redobrada com Copom, Fomc e tarifaço: como pode afetar mercado?
Super Quarta traz expectativas de manutenção das taxas de juros com foco nas comunicações dos bancos centrais. Analistas divergem sobre cortes futuros, enquanto os investidores monitoram sinais de estabilidade econômica e fiscal.
Super Quarta: As decisões de política monetária no Brasil e nos EUA nesta quarta-feira (30) devem manter as taxas de juros nos dois países.
Os investidores aguardam o tom das comunicações do Copom e do Fomc.
Brasil: Expectativa de manutenção da Selic em 15%. Analistas divergem sobre a data para cortes, com projeções variando entre 2026 e 2023.
Estados Unidos: Fomc deve manter juros entre 4,25% e 4,50%, com 97% de probabilidade. Pressões políticas, especialmente de Donald Trump, podem influenciar a decisão.
A comunicação do Fed sobre as tarifas comerciais com a China é chave. Enquanto isso, o Copom deve manter sua postura firme, preocupando-se com risco fiscal e inflação.
Joaquim Neto, da GT Capital, destaca que um comunicado mais severo pode aumentar contratos futuros de juros. Um tom mais leve, sem melhora fiscal, pode gerar reações adversas.
Felipe Salles, do C6 Bank, afirma que a Selic provavelmente permanecerá em 15% nos próximos meses, devido à inflação ainda alta.
Cenário nos EUA: O Fed pode sinalizar cortes futuros, mas a maioria adotará cautela devido à inflação e ao mercado de trabalho.
Impacto no Brasil: A decisão do Fed influenciará o fluxo de capital estrangeiro. Um comunicado mais dovish pode atrair investimentos para emergentes, incluindo o Brasil.
O ambiente doméstico apresenta desafios, como aumento dos pedidos de Recuperação Judicial e crédito caro. Contudo, se as condições se estabilizarem, uma queda da Selic para 13,50% até dezembro ainda é possível.
A XP projeta redução a partir de janeiro, chegando a 12,50% até o fim de 2026, com a meta neutra estimada em 5,5%.