Suécia condena “Rainha do Lixo” a 6 anos por despejo de resíduos tóxicos
Bella Nilsson, ex-presidente da Think Pink, e outros nove indivíduos foram condenados por crimes ambientais relacionados ao despejo ilegal de resíduos tóxicos em Estocolmo. O esquema, que durou de 2015 a 2020, resultou em sérios riscos à saúde pública e à natureza.
Tribunal de Sodertorn condena Bella Nilsson, ex-presidente da Think Pink, a 6 anos de prisão por crimes ambientais.
Ela foi considerada culpada de 19 acusações de “crime ambiental agravado” pelo despejo ilegal de 200 mil toneladas de resíduos tóxicos.
Este caso é o maior julgamento ambiental da história sueca, resultando em um veredicto de 692 páginas. Junto a Nilsson, 9 pessoas foram condenadas por suas participações no esquema entre 2015 e 2020.
A Think Pink despejou e enterrou resíduos tóxicos em 21 locais na região de Estocolmo, sem os processos adequados exigidos pela lei. Os materiais envolviam
- Materiais de construção
- Eletrônicos
- Metais
- Plásticos
- Madeira
- Pneus
- Brinquedos
O tribunal determinou que a empresa simplesmente abandonou os resíduos, liberando compostos tóxicos no ar, solo e água.
O juiz Niklas Schullerqvist afirmou que as atividades do grupo representaram riscos significativos à saúde humana e ao meio ambiente.
Bella Nilsson, agora conhecida como Fariba Vancor, tem um passado controverso, que inclui condenações e um prêmio de empreendedorismo em 2018.
Os outros quatro acusados principais receberam penas de 2 a 4 anos e meio de prisão. Eles incluem um consultor ambiental e um “corretor de resíduos”. Apenas uma pessoa foi absolvida das 11 indiciadas.
As cinco figuras centrais foram condenadas a pagar 260 milhões de coroas suecas em indenizações a municípios afetados, como Botkyrka, onde pilhas de lixo queimaram durante meses.
No julgamento, Nilsson alegou que a Think Pink seguia a lei e que as irregularidades foram “por engano”. Seu advogado disse que não estava satisfeito com o veredicto e a defesa insiste em uma possível conspiração de concorrentes.