HOME FEEDBACK

STF tem unanimidade para tornar réus militares suspeitos de planejar sequestro de Moraes

STF recebe denúncia contra militares e policial por tentativa de golpe de Estado. Ministros rejeitam acusação contra dois militares por falta de indícios suficientes.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, receber a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra 10 pessoas suspeitas de tentativa de golpe de Estado. Fazem parte desse grupo, o chamado "núcleo 3", composto por militares e um policial federal.

Esses indivíduos teriam atuado em "ações coercitivas", incluindo um plano de sequestro do ministro Alexandre de Moraes.

Por outro lado, a maioria dos ministros defendeu a rejeição da acusação contra dois militares, sendo essa a primeira vez que a turma rejeita uma denúncia da PGR pela suposta tentativa de golpe.

Os ministros do colegiado acompanharam a posição do relator, Alexandre de Moraes, que afirmou que o crime de atentar contra a democracia é consumado mesmo que o golpe não tenha se concretizado.

Viraram réus:

  • Estevam Theophilo (ex-comandante do Coter)
  • Wladimir Soares (policial federal)
  • Hélio Ferreira Lima
  • Rafael Martins de Oliveira
  • Rodrigo Bezerra de Azevedo
  • Bernardo Romão Correa Netto
  • Fabrício Moreira de Bastos
  • Márcio Nunes de Resende Júnior
  • Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros
  • Ronald Ferreira de Araújo Junior

Cleverson Ney Magalhães e Nilton Diniz Rodrigues tiveram a acusação rejeitada por falta de indícios suficientes.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, destacou que Theophilo aceitou coordenar o uso das forças terrestres conforme as diretrizes do grupo.

A Polícia Federal apresentou áudios nos quais Wladimir Soares afirmou estar preparado para prender Moraes, alegando que iria "matar meio mundo de gente" e que não permitiria a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A defesa de Soares tentou adiar o julgamento, mas Moraes rejeitou, argumentando que os áudios não faziam parte da denúncia analisada.

Segundo a PGR, Soares e os militares lideraram ações para monitorar e neutralizar autoridades públicas, promovendo pressões sobre o Alto Comando do Exército para que este aderisse ao golpe.

Leia mais em exame