HOME FEEDBACK

STF “se mete” em tudo pelo “arranjo institucional brasileiro”, diz Barroso

Ministro do STF explica que a Corte se depara com uma variedade de temas devido ao arranjo institucional do Brasil, onde ações diretas de inconstitucionalidade permitem que diversos atores levem questões ao Supremo. Barroso defende que a ampla competência judicial é uma consequência do sistema político e jurídico do país.

Ministro do STF, Roberto Barroso, comentou em evento em Brasília sobre o envolvimento da Corte em diversos temas devido ao “arranjo institucional do Brasil”.

Ele esclareceu que a função do Supremo não é “se meter em tudo”, mas que a amplitude da Constituição leva a Corte a se envolver em questões que atraem atenção midiática.

Barroso destacou: “Não é o Supremo que se mete no mundo. É o arranjo institucional brasileiro que faz com que tudo chegue ao Supremo.” Ele indicou que a Corte possui uma competência criminal imensa e mencionou temas como:

  • Demarcação de terras indígenas
  • Pesquisas com células-tronco
  • Desmatamento
  • Queimadas
  • Assuntos criminais

O ministro atribui a grande quantidade de casos ao uso das ADIs (Ações Diretas de Inconstitucionalidade), que permitem que diversos atores, como o presidente da República, governadores e partidos políticos, provoquem o Supremo.

“É preciso que o interesse seja muito irrelevante para não conseguir que alguém leve para o Supremo Tribunal Federal,” disse Barroso. Ele falou sobre “A Garantia da Democracia no Brasil” durante o evento GPS Poderes.

Leia mais em poder360