STF rebate a The Economist, diz que apoia Moraes e que não há crise de confiança na Corte
STF defende a atuação de Moraes e refuta alegações de crise de confiança. Corte ressalta que o Brasil vive uma democracia plena e que julgamentos seguem normas estabelecidas.
STF responde a críticas da revista The Economist
No dia 19, o Supremo Tribunal Federal (STF) respondeu a um artigo da The Economist que alegava que o ministro Alexandre de Moraes possui “poderes excessivos” e que a Corte enfrenta “crescentes questionamentos”.
A nota, assinada pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso, defendeu a atuação de Moraes e negou a existência de uma crise de confiança na instituição.
Barroso afirmou que a crítica da revista é mais uma narrativa de quem tentou um golpe de Estado do que um reflexo da realidade de uma democracia plena.
O STF também esclareceu uma suposta declaração de Barroso de que a Corte “derrotou Bolsonaro”, afirmando que a vitória foi dos eleitores e não do tribunal.
O artigo criticava ainda Barroso, os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli, e questionava o julgamento de Jair Bolsonaro, sugerindo um processo no plenário.
Barroso reiterou que o julgamento segue o rito processual e que mudar esta prática seria excepcional.
Ele refutou a ideia de afastar Moraes do julgamento de Bolsonaro, destacando que o ex-presidente ofendeu vários integrantes do STF. Moraes foi descrito como um juiz que age com coragem e responsabilidade.
A nota também destacou que dados do Datafolha mostram que a população tem algum nível de confiança no STF, com 21% confiando “muito” e 44% “um pouco”.
Por fim, Barroso lembrou que ações monocráticas mencionadas foram ratificadas pelos demais ministros e que foram motivadas por crimes ou ameaças à democracia. Ele ressaltou a importância de um tribunal independente na proteção das instituições democráticas.