STF rebate a The Economist, diz que apoia Moraes e que não há crise de confiança
STF defende atuação de Alexandre de Moraes e nega crise de confiança na instituição. A Corte rebate críticas da revista The Economist e afirma que o Brasil vive uma democracia plena.
STF reage a críticas da revista The Economist
No sábado, 19, o Supremo Tribunal Federal (STF) defendeu a atuação do ministro Alexandre de Moraes e negou uma suposta crise de confiança na instituição, após críticas publicadas na revista The Economist.
Em nota, assinada pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso, o tribunal afirmou que a matéria reflete uma narrativa dos que tentaram um golpe de Estado, em vez da realidade de uma democracia plena no Brasil.
A revista indicou que a confiança dos brasileiros no STF poderia diminuir se o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro permanecesse na Primeira Turma, em vez de ser levado ao plenário. Críticas foram feitas a Barroso, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, e ao poder de Moraes nas decisões.
Barroso esclareceu que o rito de julgamento de ações penais segue as normas do procedimento penal, e mudar isso seria exceção. Ele também refutou a sugestão de suspender Moraes do caso de Bolsonaro, enfatizando que ataques ao tribunal não justificam um julgamento impedido.
O STF utilizou dados do Datafolha, de março de 2024, para afirmar que a maioria da população ainda confia no tribunal, com 21% dizendo confiar muito, 44% um pouco, e 30% não confiando.
A nota também ressaltou que decisões controvertidas citadas pela revista foram confirmadas por outros ministros, como a suspensão do X (antigo Twitter) por falta de representante legal no Brasil.
Barroso ainda comentou que a revista deixou de lado tentativas de invasão e atentados contra a democracia, ressaltando a necessidade de um tribunal independente para proteger as instituições brasileiras.