STF nega recurso de mulher que pichou estátua no 8 de Janeiro
Supremo Tribunal Federal mantém condenação de 14 anos de prisão para cabeleireira por participação em atos golpistas. A decisão unânime do colegiado nega recurso que questionava a omissão em descontar a pena pela prisão preventiva e remissão por estudo.
STF nega recurso de cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos por participação em atos golpistas.
Na sexta-feira (13.jun.2025), a 1ª Turma do STF negou, por unanimidade, o recurso da cabeleireira, que foi condenada a 14 anos de prisão.
Débora foi acusada de participar dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e por pichar a frase “perdeu, mané” na estátua “A Justiça”, em frente ao Supremo.
A defesa alegou omissões na decisão, incluindo questão de tempo de pena e remissão por estudos durante a prisão, mas o relator, Alexandre de Moraes, votou pela rejeição.
Os ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Luiz Fux acompanharam o voto do relator.
Débora foi condenada por crimes como golpe de Estado e associação criminosa armada. Sua pena ainda não foi executada.
Ela está em prisão domiciliar desde 28 de março de 2023. A cabeleireira possui dois filhos menores e está sob monitoramento por tornozeleira eletrônica, com restrições de comunicação.
Débora foi presa pela PF na 8ª fase da operação Lesa Pátria, que investiga os atos de vandalismo em Brasília.
Esse episódio gerou polêmica, pois a frase pichada foi pronunciada por Roberto Barroso, presidente do STF, em novembro de 2022, em uma conversa informal.