STF julgará prisão de Collor por corrupção no plenário físico
Gilmar Mendes solicita destaque para manter prisão de Collor, que já foi condenado em 2023 por corrupção e associação criminosa. A defesa do ex-presidente planeja se apresentar à Justiça, ao mesmo tempo em que contesta a decisão do STF.
Ministro do STF, Gilmar Mendes, pediu destaque no julgamento para manter a prisão do ex-presidente Fernando Collor. Ele foi condenado a 8 anos e 10 meses por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa em 2023.
Collor teve sua prisão decretada na quinta-feira (24.abr) e foi preso de madrugada ao se dirigir a Brasília para se apresentar à Justiça.
Antes do destaque, o ministro Alexandre de Moraes votou para manter a ordem de prisão, acompanhado pelo ministro Flávio Dino.
Moraes rejeitou o último recurso da defesa, que contestava a condenação, querendo que prevalecesse uma pena menor de 4 anos.
O relator afirmou que a defesa apenas repetiu argumentos já refutados pela Corte, evidenciando uma intenção de procrastinar o cumprimento da pena.
A defesa de Collor expressou surpresa e preocupação com a decisão, informando que o ex-presidente irá se apresentar para cumprimento da ordem, sem abrir mão de medidas judiciais cabíveis.
Collor foi condenado por ter recebido R$ 20 milhões para favorecer contratos da BR Distribuidora com a UTC Engenharia, utilizando apoio político para influenciar indicações de diretores.
Desde 2015, a Procuradoria Geral da República (PGR) denunciou Collor ao STF, dando início a um processo que culminou na sua condenação.
O pedido de prisão ocorre 33 anos após o impeachment de Collor.
O ex-presidente voltou a ser acusado de receber propina por negócios fraudulentos envolvendo a UTC Engenharia e a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras.