STF inicia julgamento da denúncia contra terceiro núcleo da tentativa de golpe
STF inicia julgamento de denúncia contra militares e policial federal envolvidos em tentativa de golpe. A expectativa é de que a decisão sobre a aceitação da denúncia e a possível formação de réus ocorra ao longo de três sessões.
A Primeira Turma do STF começa a julgar nesta terça-feira, 20, a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o “núcleo 3” do inquérito do golpe de Estado. O grupo, composto por militares e um policial federal, é acusado de planejar “ações táticas” para realizar o golpe.
Os denunciados são:
- Bernardo Romão Correa Netto (coronel do Exército)
- Cleverson Ney Magalhães (coronel da reserva)
- Estevam Cals Theóphilo Gaspar de Oliveira (general da reserva)
- Fabrício Moreira de Bastos (coronel)
- Hélio Ferreira Lima (tenente-coronel)
- Márcio Nunes de Resende Júnior (coronel)
- Nilton Diniz Rodrigues (general)
- Rafael Martins de Oliveira (tenente-coronel)
- Rodrigo Bezerra de Azevedo (tenente-coronel)
- Ronald Ferreira de Araújo Júnior (tenente-coronel)
- Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros (tenente-coronel)
- Wladimir Matos Soares (agente da Polícia Federal)
O presidente da turma, ministro Cristiano Zanin, reservou três sessões para o julgamento: 20 de março (9h30 e 14h) e 21 de março (9h30). Após a leitura da denúncia, os advogados apresentarão defesas, e, em seguida, os ministros decidirão sobre a responsabilização dos denunciados.
Entre os acusados, destacam-se:
- Bernardo Romão Correa Netto: acusado de intermediar reuniões sobre o golpe.
- Estevam Cals Theóphilo: teria incitado apoio de outros núcleos golpistas.
- Fabrício Moreira de Bastos: responsável por buscar apoio entre oficiais por meio de carta aberta.
- Hélio Ferreira Lima: ex-comandante, optou por não depor à PF.
- Nilton Diniz Rodrigues: articulou reunião em Brasília para pressão sobre comandantes do Exército.
- Rafael Martins de Oliveira: monitorou ações de ministro do STF visando execução.
- Wladimir Matos Soares: forneceu informações sobre segurança do presidente Lula.
A PGR divide a denúncia em cinco núcleos. O núcleo 1 inclui Bolsonaro e aliados; o núcleo 2 foi julgado anteriormente; e o núcleo 4 está relacionado à disseminação de desinformação.
O núcleo 5 inclui apenas Paulo Figueiredo, que será julgado à revelia por não apresentar defesa. Ele amplificou ataques contra generais, segundo a PGR.