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STF forma maioria para manter pena de 14 anos à mulher que pichou estátua da Justiça

Supremo Tribunal Federal mantém pena de 14 anos para cabeleireira envolvida em atos golpistas. A defesa foi contestada em relação a argumentos para redução da pena e o caso gerou polêmica nas esferas política e social.

STF mantém pena de 14 anos para Débora Rodrigues dos Santos

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em sessão virtual no dia 11 de outubro, manter a pena de 14 anos de prisão para a cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos. Ela foi condenada por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, após ser flagrada pichando a frase “Perdeu, mané” na estátua A Justiça.

A decisão contou com os votos dos ministros Alexandre de Moraes (relator), Cristiano Zanin e Cármen Lúcia, que rejeitaram os embargos de declaração da defesa. O julgamento vai até 13 de outubro e ainda conta com votos pendentes de Flávio Dino e Luiz Fux.

A defesa de Débora argumentou que a confissão da ré deveria ser considerada como atenuante para a redução da pena. Contudo, Moraes afirmou que a análise foi “completa e satisfatória”, sem necessidade de alterações.

Os ministros concordaram com a condenação, mas houve divergências na dosimetria da pena:

  • Moraes, Dino e Cármen Lúcia defenderam 14 anos;
  • Zanin sugeriu 11 anos;
  • Fux, uma pena de 1 ano e 6 meses.

Débora permaneceu presa preventivamente por quase 2 anos até sua transferência para prisão domiciliar em março deste ano.

A condenação gerou forte reação da oposição, que utiliza a imagem de Débora como símbolo de crítica aos processos do 8 de janeiro. Parlamentares e apoiadores têm aparecido em atos públicos com batons, alusivo à frase pichada, e às propostas de anistia relacionadas ao PL do perdão.

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