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STF forma maioria para condenar ‘Débora do Batom’, que pichou estátua do STF

Supremo Tribunal Federal avalia pena para Débora Rodrigues, condenada por pichada em estátua da Justiça. Divergências entre os ministros sobre a gravidade da punição refletem debate interno sobre as consequências dos atos antidemocráticos.

STF condena Débora Rodrigues por pichação na estátua "A Justiça"

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) já tem maioria para condenar Débora Rodrigues dos Santos, que pichou "perdeu, mané" na estátua da Justiça. O julgamento, no plenário virtual, analisa os seguintes votos:

  • 14 anos: Alexandre de Moraes e Flávio Dino.
  • 11 anos: Cristiano Zanin.
  • 1 ano e 6 meses: Luiz Fux.

O placar atual é: 2 votos para 14 anos, 1 voto para 11 anos e 1 voto para 1 ano e 6 meses. A decisão final será da ministra Cármen Lúcia.

Divergências nas penas

Luiz Fux, que divergiu de Moraes, propôs a pena de um ano e seis meses, considerando que não há provas suficientes para outros crimes imputados a Débora. Ele destacou que apenas a pichação na estátua foi comprovada.

Cristiano Zanin, embora tenha acompanhado Moraes, fez ressalvas sobre a dosimetria da pena, argumentando que Débora atuou em conjunto com outros durante os atos de vandalismo.

Contexto do crime

Débora Rodrigues, presa desde março de 2023 e agora em regime domiciliar, é acusada de cinco crimes, incluindo abolição violenta do Estado de Direito. Moraes defendeu que ela deveria pagar uma multa de R$ 50 mil e ressaltou sua confissão de participação.

Implicações futuras

O STF pode rever penas em casos futuros, uma vez que há uma discussão sobre a necessidade de aplicar a progressão de pena para muitos réus. O ministro Gilmar Mendes indicou que decisões sobre progressão de pena devem continuar a ser aplicadas.

O desfecho do caso deverá ocorrer na próxima semana, e a possibilidade de pena diferenciada para crimes semelhantes tem gerado discussão entre os ministros. A pressão política sobre a Corte também é mencionada, mas as análises continuam sendo individualizadas.

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