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STF começa a julgar na próxima semana antiga cúpula da PM do DF pelo 8 de janeiro

Julgamento da cúpula da PM-DF pode influenciar o destino do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ministros avaliarão a responsabilidade dos réus nos atos golpistas de 8 de Janeiro, com crimes similares aos atribuídos ao ex-mandatário.

Supremo Tribunal Federal (STF) inicia julgamento da antiga cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) por omissão nos atos golpistas de 8 de Janeiro.

O julgamento ocorrerá no plenário virtual entre os dias 13 e 24 de junho, com a participação dos ministros da Primeira Turma.

Esse caso pode ser um indicativo do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), cujas acusações são semelhantes. O relator é o ministro Alexandre de Moraes.

A lista de réus inclui:

  • Dois ex-comandantes-gerais da PM-DF
  • Cinco oficiais com cargos de destaque no 8 de Janeiro

A denúncia se baseia em falhas na segurança e em mensagens trocadas entre policiais que demonstram simpatia aos atos.

Este será o primeiro julgamento de autoridades desde que mais de 500 pessoas foram condenadas por envolvimento nos atos golpistas.

Os crimes atribuídos aos réus são:

  • Golpe de Estado
  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito
  • Dano qualificado
  • Deterioração do patrimônio tombado

Os réus incluem:

  • Fábio Augusto Vieira (comandante-geral no dia 8)
  • Klepter Rosa Gonçalves (vice-comandante e sucessor de Vieira)
  • Jorge Naime Barreto e Paulo José Ferreira de Souza (respectivamente, chefe e subchefe do Departamento de Operações)
  • Marcelo Casimiro (comandante do 1º Comando de Policiamento Regional)
  • Major Flávio Silvestre Alencar e o segundo-tenente Rafael Pereira Martins (comandantes de pelotões do choque)

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que há “comprovação da participação dos réus na disseminação de conteúdos antidemocráticos” e uma “omissão proposital” quanto à segurança.

Os sete réus negaram as acusações e pediram a absolvição nas alegações finais.

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