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STF afasta juiz de Mato Grosso por suspeita de venda de decisões

Investigação da PF revela possíveis vendas de decisões judiciais por juiz em Mato Grosso. A operação também resulta em bloqueio de bens e prisões ligadas a um esquema de corrupção no Judiciário.

Ministro Cristiano Zanin, do STF, autorizou o afastamento de um juiz de 1ª Instância de Mato Grosso devido a suspeitas de venda de decisões judiciais.

A decisão foi baseada na 8ª fase da Operação Sisamnes, da Polícia Federal (PF), que cumpriu mandados de busca e apreensão.

O juiz Ivan Lúcio Amarante, da comarca de Vila Rica, é investigado por um possível esquema de lavagem de dinheiro. A PF executou três mandados em diferentes localidades de MT e bloqueou R$ 30 milhões em bens relacionados ao caso.

A investigação surgiu após identificar pagamentos irregulares que beneficiariam familiares do juiz. Os recursos vêm de uma empresa do lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, preso desde novembro de 2024.

Gonçalves é acusado de liderar uma organização criminosa voltada à corrupção no Judiciário, e está sob investigação por ligações com assessores do STJ e outros tribunais.

No dia 28 de maio, a PF deflagrou outra fase da operação, resultando na prisão do suposto mandante do assassinato do advogado Roberto Zampieri e na descoberta de uma empresa de militares envolvida em espionagem.

Além disso, os desembargadores Sebastião de Moraes e João Ferreira foram afastados do TJMT.

O juiz Ivan Lúcio Amarante já enfrenta um processo administrativo no CNJ, onde sua defesa negou irregularidades e alegou menção indevida ao seu nome nas conversas do lobista.

A defesa não foi localizada para comentar as novas acusações.

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