STF: Advogado de general alega cerceamento de defesa e pede que ministros 'não se convençam antes da hora' em julgamento do 'núcleo dois'
Advogado defende inocência de Mário Fernandes e questiona cerceamento de defesa em julgamento no STF. O general é acusado de coordenação de um plano para sequestrar e assassinar líderes políticos.
Julgamento do "núcleo dois" ocorre nesta terça-feira (22) no STF.
O advogado Marcos Vinícius de Camargo Figueiredo, representando o general da reserva Mário Fernandes, defende a inocência do cliente e alerta os ministros: "não se convençam antes da hora".
Figueiredo usou seus 15 minutos de sustentação oral para reclamar de um suposto "cerceamento de defesa", mencionando que foi proibido de entrar com um computador na cela militar onde Fernandes está preso.
O general, ex-número dois da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro, é acusado de envolvimento no plano denominado "Punhal Verde e Amarelo", que pretendia o sequestro e assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes.
A denúncia da PGR coloca Fernandes e Marcelo Costa Câmara, coronel da reserva, como coordenadores de ações de monitoramento e neutralização de autoridades públicas.
Figueiredo afirma que a minuta do "Punhal Verde e Amarelo" "não foi apresentada a quem quer que seja", mas reconhece que o documento foi impresso por Fernandes.
O advogado questionou a prisão de seu cliente, argumentando que foi feita "exclusivamente" pelo conhecimento da minuta e pediu sua liberdade por "isonomia" em relação aos outros denunciados.