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'Starter packs' e desenhos inspirados no Ghibli: imagens geradas por IA inundam as redes

A nova moda dos "starter packs" gerados por inteligência artificial tem atraído a atenção de usuários e celebridades, mas levanta questões sobre direitos autorais e privacidade. Enquanto a OpenAI comemora o crescimento explosivo do ChatGPT, críticos alertam para os impactos ambientais e éticos dessa inovação.

Imagens geradas pela IA estão em alta nas redes sociais com a nova tendência dos "starter packs", que representam pessoas como figurinhas colecionáveis. A atriz Brooke Shields já compartilhou seu "starter pack" no Instagram, onde possui 2,5 milhões de seguidores.

A novidade foi criada pelo ChatGPT, da OpenAI, que lançou uma atualização com resultados mais sofisticados. A tendência atraiu celebridades e anônimos, resultando em um rápido crescimento de usuários, com a OpenAI comemorando um milhão de novos cadastrados em uma hora.

A professor de marketing, Ahlem Abidi Barthe, destaca que a personalização ajuda a apelar ao ego e à nostalgia dos consumidores. Antes dessa moda, o estilo do Studio Ghibli também fez sucesso nas redes.

No entanto, designers têm protestado contra o uso da IA, utilizando a hashtag #StarterpacknoAI, levantando questões sobre direitos autorais. A OpenAI não possui licença do Studio Ghibli e enfrenta processos relacionados à propriedade intelectual.

Além disso, a geração de imagens envolve alto consumo de energia, com cada consulta no ChatGPT consumindo 2,9 Wh de eletricidade. O uso de dados pessoais dos usuários também é uma preocupação, alerta Joe Davies da Fatjoe.

A especialista Anaïs Loubère sugere que o entusiasmo pelas novidades pode se esgotar rapidamente à medida que os usuários enfrentam a saturação nas redes sociais.

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