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St Marche cita caso Americanas ao pedir homologação de recuperação extrajudicial

St Marche busca reestruturação financeira enquanto enfrenta dívidas de R$ 528 milhões. A varejista cita desafios como altas taxas de juros e mudanças no mercado após escândalos contábeis.

St Marche solicita recuperação extrajudicial

O grupo varejista St Marche pediu à Justiça, nesta quarta-feira (16), a homologação de seu plano de recuperação extrajudicial. A companhia enfrenta uma dívida superior a R$ 528 milhões.

Na recuperação extrajudicial, a empresa renegocia dívidas diretamente com credores, buscando aprovação judicial para o plano.

Expansão interrompida: Com mais de 30 unidades em São Paulo, Campinas e Santos, o St Marche investiu na abertura de novas lojas entre julho de 2021 e agosto de 2023, motivado pelo crescimento do varejo alimentar e necessidades geradas pela pandemia.

Entretanto, a alta da taxa básica de juros causou aumento nos custos financeiros, resultando em dificuldades. Os advogados afirmam que as taxas, previstas para 15% a 16% ao ano em 2025, elevam os custos para a empresa.

A crisis contábil da Americanas alterou o comportamento dos credores. Isso levou a uma diminuição da liquidez no mercado e cortes nos limites de crédito, impactando diretamente o funcionamento do St Marche.

Como resultado, a rede operou com estoque gerencial abaixo do padrão, resultando em indisponibilidade de produtos nas lojas. Além disso, a inflação de alimentos e combustíveis, aliado à perda do poder aquisitivo, reduziu o volume de vendas.

Fundado em 2002 por Bernardo Ouro Preto e Victor Leal, o St Marche é controlado em 70% pelo fundo americano L Catterton. Apesar de uma tentativa de abertura de capital em 2021 não ter sido bem-sucedida, a rede faturou R$ 1,32 bilhão em 2024.

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