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SP poderia substituir 32% do consumo industrial de gás natural por biometano, aponta Fiesp

Estudo aponta que São Paulo pode reduzir 32% do uso de gás natural na indústria com biometano. Investimentos de R$ 46,2 bilhões seriam necessários para aproveitar a oferta de 6,4 milhões de m³/dia do combustível renovável.

Estudo da Fiesp revela potencial do biometano em SP

Uma pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) indica que a economia paulista pode substituir até 32% do consumo industrial de gás natural por biometano.

Os dados mostram uma oferta potencial de 6,4 milhões de m³/dia, equivalendo a 24% do consumo de diesel no transporte no Estado. Atualmente, o consumo de gás natural em SP é de 14 milhões de m³/dia.

Investimento necessário: R$ 46,2 bilhões para processar esse volume de biometano, que é obtido a partir da purificação do biogás.

A produção estimada viria de 181 plantas, principalmente do setor sucroenergético (84%) e aterros sanitários (16%), podendo mitigar 16% das metas de descarbonização.

André Rebelo, diretor-executivo de infraestrutura da Fiesp, destaca que o biometano pode impulsionar uma nova cadeia de valor, com oportunidades para indústrias e prestadoras de serviços.

Demanda: Os principais consumidores de gás natural são os setores químico, vidros e cerâmica. O setor têxtil também possui subsetores que consomem gás.

Os custos do biometano variam com o custo de produção e aplicação da inflação, sendo o mercado ainda incipiente para definir padrões de preços e o chamado "prêmio verde".

A pesquisa propõe a criação de polos regionais de produção, fundamentados na localização dos potenciais produtores e infraestrutura existente.

Um portfólio de políticas públicas foi elaborado com quatro eixos prioritários:

  • Oferta competitiva de biometano;
  • Mercado e infraestrutura;
  • Estimulo da demanda, especialmente no transporte pesado;
  • Fomento à inovação na cadeia de equipamentos e serviços.

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