Soldados da Guarda Nacional chegam a Los Angeles em meio a tensão de protestos
Tropas da Guarda Nacional chegam à Califórnia em meio a protestos intensificados contra a repressão à imigração. A medida é vista como uma provocação e gera preocupações sobre a escalada da violência nas manifestações.
2.000 soldados da Guarda Nacional chegaram a Los Angeles no domingo (8) para conter protestos contra operações anti-imigração.
O governo de Donald Trump mobilizou as tropas, assumindo o controle das forças de segurança da Califórnia, em uma ação considerada “deliberadamente provocadora” pelo governador Gavin Newsom.
Soldados com capacetes, armas automáticas e veículos camuflados foram vistos no bairro de Compton como precaução para novas manifestações programadas.
Nos últimos dias, agentes federais usaram gás lacrimogêneo contra centenas de manifestantes que protestavam contra a prisão de migrantes em uma cidade com forte presença latina.
Trump e membros do Partido Republicano ignoraram alertas sobre a possibilidade de a repressão agravar as tensões. O presidente da Câmara, Mike Johnson, minimizou as preocupações.
O governador Newsom pediu para que os protestos fossem pacíficos, criticando a intervenção federal como “um espetáculo” desejado pelas autoridades.
Durante os confrontos, foram registrados incêndios e fogos de artifício, com manifestantes expressando sua oposição ao ICE.
Esta é a primeira vez desde 1965 que uma força militar é enviada sem o pedido de um governador estadual. Kenneth Roth, ex-diretor da Human Rights Watch, acusou Trump de criar um espetáculo com essa ação.
A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, defendeu a decisão, afirmando que a Guarda Nacional está “especialmente treinada” para situações com grandes multidões.
As operações do ICE em Los Angeles resultaram em protestos maiores e mais duradouros contra as políticas de Trump.