Sobrou para a Barbie: Mattel suspende guidance para o ano e cita impacto das tarifas
Mattel suspende previsão de crescimento em 2025 devido a incertezas sobre tarifas de brinquedos importados. A empresa planeja medidas de mitigação para lidar com os custos adicionais e diversificar sua cadeia de suprimentos.
A Mattel retirou suas previsões de crescimento para 2025, citando planos de Donald Trump de impor tarifas sobre brinquedos importados. A empresa havia projetado um aumento de até 3% nas vendas, mas agora “pausa” sua orientação devido à volatilidade macroeconômica.
Com resultados do primeiro trimestre melhores que o esperado, as vendas cresceram 2,1%, totalizando US$ 826,6 milhões, superando as projeções de US$ 788,6 milhões.
A Mattel fabrica menos de 40% de seus produtos na China e já enfrenta tarifas de 145% sobre exportações. O CEO Ynon Kreiz afirmou apoio à Associação de Brinquedos contra tarifas e mencionou ações para mitigar impactos, como um aumento na meta de economia de custos de US$ 60 milhões para US$ 80 milhões.
O diretor financeiro Anthony DiSilvestro informou que a empresa pode enfrentar um custo adicional de US$ 270 milhões devido às tarifas, mas espera compensar isso totalmente. Kreiz também planeja reduzir a dependência da China, visando menos de 15% das vendas até 2026.
Além disso, a Mattel continua sua estratégia de recompra de ações, com US$ 600 milhões programados para este ano. A demanda por brinquedos está forte no segundo trimestre, impulsionada pela venda de produtos relacionados a filmes.
Trump manifestou desinteresse sobre os impactos das tarifas, sugerindo que as crianças poderiam ter menos brinquedos, enquanto Kreiz busca equilibrar acessibilidade e produção cinematográfica dos EUA.
O segundo filme da Mattel, "Masters of the Universe", está agendado para 2026, após o sucesso de "Barbie", e muita produção foi realizada fora dos EUA.
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