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Sob Trump, fluxo migratório cai e muda de direção na América Central

Queda significativa no número de migrantes é observada na América Central, refletindo as políticas de imigração de Donald Trump. Apesar da redução, as condições que impulsionam a migração continuam inalteradas na região.

Diminuição de Migrantes na América Central

O número de migrantes que tentam chegar aos Estados Unidos pela América Central caiu significativamente no início de 2025.

  • Guatemala: apenas 11 mil migrantes em janeiro e fevereiro, uma queda de 76% em relação ao ano anterior.
  • Honduras: redução de 90,4% nas entradas de migrantes vulneráveis.
  • Panamá: queda de 2% no fluxo geral de migrantes.

No estreito de Darién, o fluxo caiu 93% em 2025, com apenas 1.710 pessoas passando em comparação com 23 mil em 2024.

O presidente panamenho, José Raúl Mulino, declarou que a região deixou de ser rota para migrantes, com apenas 112 cruzando a selva em duas semanas. Entretanto, ele destacou o aumento no fluxo de retorno de pessoas desiludidas.

Desde o início de 2025, uma nova rota migratória se formou. A OIM registrou que os fluxos de norte a sul aumentaram 302%, enquanto o sul-norte diminuiu 167%. Isso é uma resposta às políticas de deportação do governo Trump, que visa deportar até 20 milhões de pessoas.

Apesar da queda nas tentativas de migração, as condições que levam à migração, como violência, pobreza e perseguição política, permanecem inalteradas.

Em 2022, os maiores grupos de imigrantes irregulares nos EUA vieram de El Salvador (750 mil), Índia (725 mil), Guatemala (675 mil) e Honduras (525 mil).

A situação econômica continua difícil em Honduras, onde 51,9% da população vive abaixo da linha da pobreza.

Fred Lanzas, um ator hondurenho, discute sua luta e opções de migração, refletindo o desejo de sair do país em busca de melhores oportunidades, possivelmente na Europa.

De acordo com a AFP, se as deportações em massa ocorrerem, a economia da América Central poderá ser afetada. As remessas, que sustentam muitas famílias, aumentaram 20% no primeiro trimestre de 2025.

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