Sob Trump, confiança nos EUA cai ao redor do mundo, incluindo no Brasil, revela pesquisa
Pesquisa revela que a confiança global em Donald Trump despencou, com 62% das nações desconfiando de sua liderança. No Brasil, a desaprovação cresceu, refletindo episódios diplomáticos negativos e impactos de suas políticas.
Retorno de Trump à Casa Branca impactou negativamente a imagem dos EUA globalmente. Pesquisa do Pew Research mostrou que a confiança nos EUA caiu em 15 de 24 países analisados, incluindo o Brasil, onde regrediu 8 pontos percentuais, de 64% para 56%.
Em média, 62% das nações desconfiam da liderança de Trump. 19 países expressaram falta de confiança em sua condução da ordem global. Entre os que confiam, estão Israel (69%) e Hungria (53%).
No Brasil, 61% dos entrevistados expressaram desconfiança. Dois eventos principais impactaram essa percepção: a briga com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e o recém-anunciado tarifaço.
Em questões específicas, Trump teve uma avaliação positiva em relação à imigração, apesar de 61% dos entrevistados terem pouca ou nenhuma confiança nesse aspecto. O México, um dos mais afetados, apresentou 87% de desconfiança.
Em relação a mudanças climáticas, apenas 21% confiam em sua gestão, e 67% duvidam de sua capacidade de resolver problemas econômicos.
Sobre tensões internacionais, a confiança em Trump é baixa, mesmo entre aliados. Na Coreia do Sul e Japão, 60% não confiam; na Austrália, esse número é de 77%. Na guerra Rússia-Ucrânia, 60% não confiam na mediação de Trump na Otan.
Em Gaza, Trump é visto com confiança por 62% dos israelenses. Essa avaliação é mais alta entre direita (83%), mas baixa entre a esquerda (21%) e árabes israelenses (26%).
Apesar da desconfiança, 67% o veem como um "líder forte". Essa percepção cresceu desde seu primeiro mandato. Em média, 66% o consideram "honesto" e 56% "qualificado". Entretanto, 65% o consideram perigoso e 80% arrogante.
Comparando com outros líderes, Trump é visto como mais confiável que Vladimir Putin (82% de desconfiança) e Xi Jinping (64%), mas menos que Emmanuel Macron (42%).