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Sob sigilo, Brasil e EUA negociam tarifaço de Trump

Brasil e EUA iniciam negociações para redução de tarifas, mas incertezas persistem. Setores afetados aguardam resultados enquanto discussões se concentram em aço, etanol e carne.

Desde o anúncio, em março, pelo governo de Donald Trump, da imposição de tarifa de 25% sobre importações de ferro e alumínio, o Brasil, segundo maior fornecedor dos EUA, começou a discutir sua relação de 200 anos com os americanos.

Conversas lentas e sigilosas entre os dois países estão em andamento, gerando insatisfação nos setores afetados pelo "tarifaço" americano. O Brasil está entre as primeiras 20 nações a negociar.

Objetivos de Washington incluem eliminar barreiras tarifárias, com foco no etanol e carne de porco. O Brasil busca eliminar tarifas de 10% e as setoriais, especialmente a do aço.

Seis reuniões técnicas já ocorreram após um encontro inicial entre Geraldo Alckmin e Howard Lutnick. No entanto, um entendimento não é garantido.

A balança comercial favorece os EUA, com um déficit brasileiro de aproximadamente R$ 27 bilhões ao ano. A maioria dos produtos importados dos EUA possui tarifa zero.

Cautela é a palavra de ordem no Brasil, evitando termos como "retaliação" e dando ênfase à “reciprocidade”. A possibilidade de ação está prevista no Projeto de Lei 2008/25, mas as prioridades ainda são a negociação.

O Brasil também busca apoio em Genebra na Organização Mundial de Comércio (OMC) e já anunciou um acordo com o Reino Unido como estratégia frente à União Europeia.

A expectativa é que Trump mantenha tarifas mínimas para o resto do mundo, mas a aplicação pode variar.

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