Sob restrições, Congonhas perde movimentação de jatinhos, e outros aeroportos de SP ganham força
A redução de slots em Congonhas tem levado a aviação de negócios a se deslocar para aeroportos alternativos, como Catarina e Campo de Marte. Dados recentes mostram um aumento significativo nas movimentações nesses terminais, refletindo a adaptação do setor às novas restrições.
A aviação de negócios em São Paulo passou por uma reorganização nas movimentações de pouso e decolagem no último ano devido a restrições em Congonhas.
O autoridade sobre as operações, Abag (Associação Brasileira de Aviação Geral), revelou que em janeiro de 2024, Congonhas registrou uma queda brusca de 38% nas movimentações comparado ao ano anterior. Em abril, houve 1.917 movimentações neste aeroporto.
As restrições de Congonhas começaram em janeiro, limitando os pousos e decolagens de jatos pela metade, para reduzir o impacto de obras. Já em novembro de 2023, a pista principal foi reservada apenas para aeronaves comerciais e grandes jatos.
De acordo com a Aena, a concessionária do terminal, as ajustas são necessárias para a eficiência operacional e visam priorizar o uso do aeroporto. O CEO da Abag, Flavio Pires, expressou que Congonhas pode mudar o perfil dos usuários, dificultando a operação para quem precisa voar com frequência.
Enquanto isso, o Campo de Marte e o Catarina cresceram. Em abril, o Campo de Marte registrou 2.879 movimentações, enquanto o Catarina teve um crescimento de 78%, alcançando 1.790 movimentos. O CEO do Catarina, Augusto Martins, destacou a qualidade do serviço como um diferencial.
O aeroporto de Jundiaí se tornou o mais movimentado, com 2.992 pousos e decolagens, enquanto Sorocaba teve o menor volume, 1.208 movimentações, representando uma queda de 7,43% em relação ao ano passado.
Os movimentos gerais da aviação executiva se deslocaram para outros terminais, refletindo as restrições severas em Congonhas e abrindo oportunidades em locais como Campo de Marte e Catarina.