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Sob pressão, Haddad encontra líderes para discutir aumento do IOF

Líderes da Câmara se reúnem com o governo para discutir alternativas ao aumento do IOF, em busca de soluções que aliviem a pressão fiscal. O pacote inclui propostas que podem impactar áreas sensíveis como saúde e educação, especialmente em ano pré-eleitoral.

Hugo Motta, presidente da Câmara, reunirá líderes no domingo (8.jun.2025) para que o Ministério da Fazenda, liderado por Fernando Haddad (PT), apresente alternativas ao aumento do IOF para aumentar a arrecadação.

A reunião ocorrerá na residência do presidente em Brasília, às 18h, com a presença da ministra Gleisi Hoffmann (PT). O Senado também discutirá o tema, mas a data ainda não foi definida por Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

O governo planeja apresentar uma PEC e um projeto de lei, considerando ainda uma medida provisória. A alta do imposto sobre cartões de crédito internacionais deve ser mantida para 2025.

Haddad e Motta propõem compensar a renúncia fiscal com medidas estruturais a partir de 2026, incluindo a revisão de subsídios tributários.

Outra proposta é reduzir o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), cujo gasto será de R$ 58,8 bilhões em 2025 (aumento de 18,3% em relação a 2024).

Alcolumbre condiciona a revisão do IOF a reformas estruturais, afirmando que a questão das contas públicas não pode ser tratada isoladamente.

Deputados próximos ao governo expressam resistência, temendo repercussões em ano pré-eleitoral, especialmente em áreas como saúde e educação.

O aumento do IOF, anunciado em 22 de maio, visa alcançar a meta fiscal de deficit zero em 2025, com um rombo estimado de R$ 52 bilhões. O congelamento de R$ 31 bilhões e a alta do imposto projetam um impacto de R$ 20,5 bilhões.

A proposta enfrentou forte oposição no Congresso e mercado, com 19 PDLs protocolados para revogá-la. Após pressão, o governo recuou parcialmente, reduzindo a previsão de arrecadação para R$ 19,1 bilhões.

Em 28 de maio, líderes legislativos deram 10 dias para Haddad apresentar uma alternativa. Se não houver avanço, Motta pautará um PDL no plenário.

Recentemente, o presidente Lula almoçou com Haddad, Motta e Alcolumbre, e um acordo foi alcançado, mas detalhes do pacote não foram divulgados ainda.

Haddad afirmou que as próximas medidas serão avaliadas em termos de viabilidade. Ele se ausentará de Brasília de 16 a 22 de junho, antecipando férias.

Deputados da Oposição não foram convidados para a reunião. O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) reafirmou apoio à revogação do decreto referente ao IOF.

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