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Sob ameaça dos EUA, Brasil incorpora inteligência artificial da Huawei

Brasil intensifica parcerias com a Huawei para desenvolvimento de inteligência artificial, buscando avanços em setores essenciais como saúde e agricultura. A expansão da empresa chinesa no país ocorre em meio a tensões com os Estados Unidos, que continuam a ameaçar restrições.

Ministério do Comércio chinês já se manifestou quatro vezes contra ameaças dos EUA sobre uso de chips de inteligência artificial da Huawei.

Pequim alertou sobre riscos nas negociações sino-americanas e conseguiu que Washington retirasse a expressão "em qualquer lugar do mundo" de sua declaração. No entanto, a ameaça à expansão global da Huawei persiste.

O Brasil é um dos focos dessa expansão, especialmente após a visita do presidente Lula à China. Em 14 de outubro, Lula afirmou: "A nossa relação com a China é estratégica. A gente quer inteligência artificial."

Durante a visita, Lula e Xi Jinping anunciaram um acordo entre a Dataprev e a Sparkoo para "construção de infraestrutura e serviços" ligados à Infraestrutura Nacional de Dados de Inteligência Artificial.

Lula destacou que o Centro Virtual de Pesquisa e Desenvolvimento em IA, resultado da parceria, será crucial para áreas como agricultura, saúde e segurança pública.

Especialistas indicam que os datacenters estarão localizados no Nordeste, em capitais como Fortaleza. A Huawei se comprometeu a fornecer tecnologia de IA e uma adaptação em português do modelo de IA Pangu.

Embora não haja certeza sobre o fornecimento de chips de IA, a colaboração prevê "cooperar na infraestrutura de IA e construir conjuntos de dados de alta qualidade".

Outro projeto em discussão é o hospital inteligente no Hospital das Clínicas de São Paulo, financiado pelo novo Banco de Desenvolvimento do Brics, com reuniões entre executivos da Huawei e autoridades brasileiras.

A Huawei, que opera no Brasil desde 1999, enfrenta desafios na região, conforme mencionado por seu fundador, Ren Zhengfei, que comentou sobre a complexidade das leis brasileiras e os desafios financeiros.

O avanço da Huawei na América Latina inclui também datacenters em países como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Tailândia e Malásia.

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