Só uma grande mudança na economia justificaria corte de juros, diz dirigente do BCE
BCE sinaliza cautela em relação a cortes de juros, considerando necessária uma mudança econômica significativa. Avaliação otimista sobre a economia da União Europeia e novos acordos comerciais influenciam a decisão da autoridade monetária.
O Banco Central Europeu (BCE) não planeja reduzir os custos dos empréstimos em breve, a menos que ocorra uma mudança econômica significativa.
Peter Kazimir, membro do BCE, afirmou que não espera nenhuma ação até setembro, a menos que haja sinais claros de desarranjo no mercado de trabalho.
Na semana passada, o BCE manteve os juros em 2%, uma redução que já havia sido feita desde junho de 2024. A avaliação atual é moderadamente otimista, levando os investidores a revisar suas expectativas sobre um possível afrouxamento monetário.
O recente acordo comercial entre a União Europeia e os EUA foi um desenvolvimento positivo, reduzindo a incerteza para empresas. No entanto, o impacto sobre os preços, foco do BCE, ainda é incerto.
Kazimir destacou que, embora haja mais clareza, é necessário tempo para avaliar o efeito desse novo ambiente sobre a inflação. Ele acredita que não há risco de a inflação cair abaixo da meta de 2%, como ocorreu na década anterior à pandemia.