HOME FEEDBACK

Só há invencionismo, diz defesa de almirante denunciado pela PGR

Advogado argumenta que não há evidências para sustentar a denúncia contra Almir Garnier, ex-comandante da Marinha. O julgamento do STF decidirá se aceitará ou não as acusações de tentativa de golpe de Estado.

Advogado pede rejeição de denúncia contra almirante Garnier

O advogado Demóstenes Xavier, que representa o almirante Almir Garnier, solicitou ao STF a rejeição da denúncia, alegando ausência de provas suficientes. Garnier, de 64 anos, é acusado de estar envolvido nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

Durante a sustentação oral na 1ª Turma do STF, o advogado argumentou que a denúncia é inepta e não demonstra como o almirante contribuiu para os atos, afirmando que falta um mínimo liame probatório.

A defesa rejeita as acusações de crimes como golpe de Estado e organização criminosa, afirmando que as provas são baseadas em relatos indiretos e mensagens de terceiros. O advogado argumentou que Garnier não teve ação concreta durante reuniões golpistas.

A denúncia, feita pelo procurador-geral Paulo Gonet, envolve 34 pessoas na investigação de uma tentativa de golpe após as eleições de 2022. Garnier se destacou por ser o único chefe das Forças Armadas a se oferecer para ajudar Bolsonaro a impedir a posse de Lula em 2023.

A PF afirmou que Garnier estaria pronto para mobilizar tropas da Marinha, enquanto os comandantes de outras Forças se negaram a participar. Conversas em celulares apreendidos indicam que havia tanques prontos para ação.

O julgamento atual refere-se ao núcleo central da organização criminosa e, se a denúncia for aceita, o Supremo dará início a uma ação penal, ouvindo testemunhas e conduzindo investigações adicionais antes das alegações finais.

Leia mais em poder360