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Síria retira tropas de cidade alvo de ataques para evitar guerra aberta com Israel

Retirada ocorre após intensos combates que resultaram em centenas de mortes e complicaram a segurança da minoria drusa na região. O presidente sírio busca evitar uma escalada de violência e reafirma a responsabilidade do Estado pela proteção dos cidadãos.

A Síria retirou suas tropas da província de Sweida nesta quinta-feira (17) após quatro dias de conflitos que resultaram em centenas de mortos. O presidente Ahmed al-Sharaa justificou o recuo para evitar uma guerra com Israel, que bombardeou Damasco na véspera.

No seu discurso, Sharaa priorizou o interesse dos sírios e acusou Israel de tentar desestabilizar o país. Ele afirmou que as facções locais e xeques drusos assumirão a segurança em Sweida, onde a minoria drusa, de aproximadamente 700 mil antes da guerra civil, enfrenta um cenário de destruição.

A crise começou com o sequestro de um comerciante druso, gerando violência na região. O governo enviou tropas que, por sua vez, intensificaram a desconfiança local. A violência já causou mais de 370 mortes, conforme o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

Relatos de execuções sumárias e saques por combatentes governamentais foram registrados, levantando preocupações sobre a segurança dos civis drusos. Israel justificou seus ataques recentes para evitar a presença militar perto de sua fronteira, enquanto a comunidade internacional condenou a ofensiva.

A Rússia expressou preocupação com a crescente violência, enquanto mediadores árabes, turcos e americanos tentam estabilizar a situação. Washington busca um entendimento com as novas autoridades sírias após a saída de Assad.

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