Sinais de desaquecimento econômico são “incipientes”, diz Galípolo
Gabriel Galípolo destaca que a desaceleração econômica é fundamental para alcançar a meta de inflação. Ele também defende a flexibilidade na política monetária frente ao cenário global e o impacto das tarifas comerciais.
Presidente do BC, Gabriel Galípolo, destaca que sinais de desaquecimento econômico no Brasil são “incipientes”.
O BC acredita que essa queda do dinamismo é “elemento necessário” para a inflação convergir à meta.
Durante evento do Banco Safra em São Paulo, Galípolo comentou sobre o cenário internacional sendo o principal fator que influencia ativos financeiros.
O presidente do BC defende que o Brasil pode expandir suas exportações de commodities e possui uma diversificação grande de parceiros comerciais.
Ele justifica a elevação da Selic para 14,25% ao ano em março, ressaltando a eficácia da comunicação do Copom nos últimos 40 dias.
Galípolo reconheceu uma inflação anualizada de 5,48% em março, acima da meta de 3%. O descumprimento da meta será notado em junho, após 6 meses fora do intervalo.
O presidente afirma que a desaceleração econômica é essencial para decisões de política monetária, com um clima de insegurança nas expectativas inflacionárias.
Galípolo pede a necessidade de esperar o tempo de efeito do aumento dos juros, enfatizando a flexibilidade necessária na Selic.
A taxa de desocupação do Brasil está em 6,8%, um nível considerado abaixo da média histórica. O BC busca reunir variáveis do mercado de trabalho para confirmar a eficácia do aperto monetário.
O impacto das tarifas comerciais implementadas por Trump, especialmente contra a China, pode afetar a atividade econômica global.
Galípolo sugere que algumas tarifas podem ser inviáveis comercialmente, levando a uma reflexão sobre possíveis cesses nas escaladas tarifárias.