Silvinei Vasques desiste de acompanhar presencialmente análise de denúncia por tentativa de golpe
Silvinei Vasques opta por não comparecer ao STF devido a restrições impostas pelo tribunal. A denúncia contra ele e outros membros do "núcleo dois" será analisada entre 22 e 23 de abril.
Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), desistiu de acompanhar pessoalmente no Supremo Tribunal Federal (STF) o julgamento da denúncia por tentativa de golpe de Estado.
Na semana passada, ele havia solicitado ao ministro Alexandre de Moraes permissão para comparecer à sessão da Primeira Turma que analisa a acusação feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Vasques faz parte do chamado “núcleo dois”, considerado pela PGR responsável por garantir a permanência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder após a derrota nas eleições de 2022. A análise da denúncia ocorrerá entre os dias 22 e 23 de abril.
Moraes indicou que permitiria o comparecimento de Vasques, mas os advogados dele argumentaram que a presença poderia infringir restrições impostas pelo ministro, como a proibição de uso de redes sociais.
No documento, afirmaram que para evitar prejuízos à integridade das cautelares e preservar a imagem do denunciado, a ausência dele é a medida mais acertada.
Além de Vasques, estão no “núcleo dois”:
- Marília Ferreira de Alencar - ex-diretora de inteligência do Ministério da Justiça;
- Fernando de Sousa Oliveira - delegado da Polícia Federal;
- Mário Fernandes - ex-número dois da Secretaria-Geral da Presidência;
- Marcelo Costa Câmara - coronel da reserva;
- Filipe Martins - ex-assessor especial de Assuntos Internacionais.
Todos são denunciados por crimes como organização criminosa armada, golpe de Estado, e dano ao patrimônio da União. A análise da denúncia será conduzida pela Primeira Turma do STF, composta por cinco ministros, incluindo Moraes.
O comparecimento de acusados não é inédito; Bolsonaro esteve presente em um julgamento anterior relacionado ao mesmo caso.