Silveira se reúne com agência e estatal de petróleo para tentar destravar medidas de arrecadação; setor contesta
Ministro discute medidas para aumentar arrecadação no setor de óleo e gás. Propostas incluem novas rodadas de leilões e ajustes regulatórios, mas enfrentam resistência do setor.
Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, se reuniu com a ANP e a PPSA nesta terça-feira para discutir um pacote de medidas que visa aumentar a arrecadação pública.
As ações em análise podem gerar cerca de R$ 35 bilhões entre 2025 e 2026 e buscariam potencializar a arrecadação no setor de óleo e gás, crucial para a economia nacional.
As propostas incluem:
- Novas rodadas de leilões;
- Mudanças regulatórias;
- Ajustes nos modelos de comercialização do petróleo da União.
A expectativa é que essas medidas aumentem a eficiência na gestão de recursos e reforcem o caixa federal.
Essa iniciativa ocorre em um momento de tensões sobre a proposta de elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e busca minimizar impactos fiscais.
Silveira enfatizou que o pacote de receitas adicionais de petróleo está sendo trabalhado de forma paralela ao plano do IOF, visando sustentabilidade fiscal sem aumentos tributários impopulares.
Para que as medidas avancem, são necessários o aval do Ministério da Fazenda e alinhamento com o Palácio do Planalto.
Embora o IBP reconheça a importância de um equilíbrio fiscal, alertou que propostas que alterem alíquotas ou preços de referência sem os requisitos legais podem comprometer a segurança jurídica e o ambiente de negócios.
O IBP propôs medidas como venda antecipada de petróleo do pré-sal e novos leilões que poderiam atrair mais investimentos e gerar receitas.