Setores isentos de tarifaço já retomam negócios com EUA, enquanto taxados falam em desastre
Setores como petróleo e sucos cítricos comemoram isenções das tarifas, enquanto indústrias de plásticos e calçados preveem grandes prejuízos. A nova taxação dos EUA pode afetar 20% da produção brasileira e resultar em demissões e redução na produção.
Isenção de sobretaxa de 50% para alguns setores produtivos da economia brasileira é confirmada pelo governo dos EUA.
O presidente Donald Trump publicou um decreto, formalizando o tarifaço e listando produtos isentos, como derivados de petróleo e aviões.
Roberto Ardenghy, presidente do IBP, previa a suspensão de exportações, mas agora espera a retomada dos envios após a isenção, especialmente no óleo bruto de petróleo, que rendeu US$ 2,4 bilhões ao Brasil até agora.
A ABPIP destacou a exclusão do petróleo e gás natural como um reconhecimento da importância estratégica desses produtos.
A CitrusBR também celebrou a isenção do suco de laranja, enquanto setores não isentos, como o plástico, calculam perdas de até US$ 2 bilhões.
- José Ricardo Roriz da Abiplast diz que a taxação impactará 20% da produção nacional.
- A indústria têxtil teve apenas uma exceção: cordéis de sisal.
- Fabricantes como a WEG adaptam planos de ação devido à sobretaxa.
- A Abimaq prevê um impacto de US$ 1 bilhão no setor de máquinas.
- Setor de rochas ornamentais se preocupa com o aumento nos preços após a sobretaxa.
- Indústria calçadista considera a medida como praticamente inviável para negócios com os EUA.
Os setores agora buscam apoio governamental para mitigar os impactos negativos das novas tarifas.