Setores de TI e IA demandarão 10 vezes mais minerais críticos que oferta atual, diz CEO da Vale
CEO da Vale destaca a necessidade crescente de minerais críticos para a tecnologia e inteligência artificial. Pimenta acredita que o Brasil pode se tornar líder global na oferta desses recursos, apesar da incerteza gerada pela guerra tarifária.
Guarujá (SP) - O CEO da Vale, Gustavo Pimenta, afirmou, neste sábado, que a demanda por minerais críticos nos setores de tecnologia e inteligência artificial crescerá 10 vezes em relação à oferta atual.
Pimenta destacou que o Brasil e a Vale têm a qualificação necessária para atender essa demanda, mesmo em meio à incerteza global da guerra tarifária.
“Temos o potencial de ser a maior força na oferta de minerais críticos, incluindo minério de ferro de alto teor para descarbonização”, disse.
Ele ressaltou a relevância geopolítica dos minerais críticos, comparando sua importância futura à do petróleo nos últimos 100 anos, e mencionou que os EUA estão se movimentando para garantir essa oferta.
Pimenta também alertou que a guerra tarifária gera incerteza para os negócios globais, mesmo para empresas com pouca relação comercial com os EUA.
“A Vale vende pouco para os EUA, mas os efeitos da guerra tarifária impactam negativamente as commodities e refletem no PIB mundial”, explicou. Apesar disso, ele se mostrou otimista com o papel do Brasil na liderança da oferta de minerais críticos.