Setores afetados por tarifaço de Trump procuram opções para evitar demissões
Setores econômicos buscam alternativas para evitar demissões diante da sobretaxa de importação imposta pelos EUA. Enquanto algumas indústrias já enfrentam cortes, outras esperam soluções que minimizem os impactos.
Setores econômicos brasileiros buscam soluções para enfrentar a sobretaxa de importação de 50% do presidente dos EUA, Donald Trump, que entrará em vigor em 1º de agosto.
Empresas da indústria de madeira processada iniciaram demissões e férias coletivas, mas essa não é a realidade de todos os setores afetados.
Dirigentes sindicais acreditam em soluções negociadas ou redirecionamento da produção para outros mercados. Se isso não ocorrer, o governo poderá oferecer linhas de crédito ou acelerar a devolução de créditos de ICMS.
A situação da Embraer, com sede em São José dos Campos (SP), tem sido amplamente debatida:
- Funcionários estão preocupados, mas o clima interno melhorou ao longo das semanas.
- O presidente da Embraer mencionou a necessidade de "ajustar o quadro [de funcionários]", caso a situação não se resolva.
- Por ora, não há cortes programados e a empresa continua contratando horas extras.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos expressou preocupação com possíveis demissões, mencionando que a produção de aviões não pode ser facilmente redirecionada.
Em contrapartida, para trabalhadores rurais, como os das lavouras de laranja, a expectativa é otimista, com a possibilidade de novos mercados fora dos EUA.
Tales Machado, do Sindirochas, aguarda uma solução para evitar a implementação da sobretaxa, enfatizando a competitividade em relação à Itália e à União Europeia.
Embora algumas pequenas empresas já tenham demitido, as maiores estão buscando alternativas no setor. Estão sendo realizadas negociações, incluindo conversas com a CNI e o governo do Espírito Santo para liberar créditos e financiar de forma mais competitiva.