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Setor privado publica manifesto contra MP com medidas para compensar recuo no IOF e pede 'firmeza' ao Congresso

Setores produtivos alertam para aumento da carga tributária e falta de transparência nas medidas do governo. Entidades pedem ações mais responsáveis e efetivas para enfrentar os verdadeiros desafios fiscais do país.

Entidades da indústria, comércio, agropecuária e transportes criticam a nova medida provisória (MP) do governo federal para substituir o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

A proposta, publicada em edição extra do Diário Oficial, é vista como mais um aumento na carga tributária e ignora o desafio fiscal de controlar os gastos públicos.

  • A MP unifica o Imposto de Renda em 17,5% para diversas aplicações financeiras.
  • Retira isenções para investimentos como LCI e LCA.
  • Aumenta a taxação sobre sites de apostas de 12% para 18%.
  • Reduz a alíquota do IOF sobre crédito para empresas.

O setor produtivo vê a medida como uma forma opaca de arrecadar mais. As entidades afirmam que o governo insiste em “soluções imediatistas” que penalizam quem produz e consome.

A crítica destaca que o governo não entendeu o recado sobre o limite para improvisos e aumentos pontuais de tributos.

Além disso, há preocupação com a falta de clareza do Ministério da Fazenda sobre o impacto fiscal da MP. A estimativa anterior de arrecadação era de R$ 61 bilhões em dois anos, mas deverá ser menor.

As entidades pedem ao Congresso que demonstre a mesma firmeza que teve ao reagir ao decreto do IOF e que exijam do governo mais previsibilidade e responsabilidade fiscal.

Assinam o documento: Fin, CNA, CNI, CNC, CNT, CNSaúde, Abrainc, Abrasca e CNseg.

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