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Setor de transporte rodoviário de cargas enfrenta queda na demanda antes mesmo do tarifaço

Setor de transporte rodoviário de cargas é afetado por incertezas comerciais e tem impactos diretos no mercado de trabalho. Associações alertam para possíveis interrupções nas operações e riscos ao abastecimento, caso a crise persista.

A aplicação da sobretaxa de 50% a produtos brasileiros nos Estados Unidos, prevista para 1º de agosto, gera impacto no transporte rodoviário de cargas.

O Setcesp alerta que a tensão nas relações Brasil-EUA compromete rotas internacionais, reduz o volume de mercadorias e pressiona os custos logísticos, colocando milhares de empregos em risco.

O enfraquecimento das relações comerciais resulta em:

  • Redução na demanda por serviços logísticos;
  • Aumento dos custos operacionais;
  • Suspensão de contratos para transportadoras.

Marcelo Rodrigues, presidente do Setcesp, destaca que indicadores mais precisos devem surgir nas próximas semanas, mas já há uma queda perceptível na demanda.

O setor, que representa 65% da movimentação de cargas e emprega quase 1 milhão de pessoas, enfrenta relatos de:

  • Férias coletivas;
  • Redução de jornada;
  • Suspensão de atividades.

Rodrigues também alerta sobre possíveis impactos no abastecimento do país se a situação se prolongar, especialmente em setores que dependem de matérias-primas importadas.

Em nota, o Setcesp expressa preocupação com a crise entre Brasil e EUA, pedindo uma ação urgente do governo federal.

Se a negociação não avançar, produtos atualmente com tarifa de 10% sofrerão um aumento para 50%, afetando itens como café, frutas e carne bovina.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que o ministério está elaborando planos de contingência para enfrentar a situação.

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