Senso de urgência por reformas só está presente no mercado, dizem economistas
Especialistas destacam a necessidade urgente de reformas fiscais no Brasil para evitar um colapso financeiro. O debate sobre soluções efetivas precisa ser priorizado em Brasília, especialmente com as eleições de 2026 se aproximando.
A trajetória da dívida e o desafio fiscal do Brasil exige reformas audaciosas, segundo especialistas do debate sobre política fiscal da Expert XP 2025.
A urgência dessas mudanças estruturais deve chegar a Brasília, especialmente com as eleições de 2026.
Especialistas como Solange Srour (UBS), Pedro Jobim (Legacy Capital) e Caio Megale (XP) concordam que, apesar das dificuldades, um governo comprometido e com apoio político pode ter sucesso nas reformas.
- Medidas propostas por Jobim:
- Limitação de gastos da União
- Congelamento do salário-mínimo
- Nova reforma de previdência
- Programa de privatização
- Reforma administrativa
Jobim afirmou que o Brasil precisa parar de piorar e evitar 'caminhar para um muro em chamas'.
Para Solange, o governo atual deve manter a situação em 2025 e 2026, mas enfrentará enormes desafios a partir de 2027.
Megale comparou a atual situação fiscal à dos anos 1990, ressaltando que a carga tributária é agora mais alta do que naquela época.
Solange apontou que o atual arcabouço fiscal é inviável com as regras atuais, como a do salário-mínimo, e as metas de superávit primário são audaciosas.
Jobim alertou para um cenário binário: continuar a arrecadação via impostos ou um novo governo reformista que enfrentará decisões difíceis.
Falta de senso de urgência: Solange vê a ausência de urgência política, mesmo com a economia crescendo e a inflação em 4,5%.
Jobim concordou que o novo presidente e Congresso terão que atuar em várias frentes simultaneamente, possuindo uma 'carta branca' que dura um ano.