Senadores querem apoio de parlamentares dos EUA a carta de empresários pedindo adiamento de tarifas ao Brasil
Senadores brasileiros articulam apoio de parlamentares americanos para adiar tarifas impostas por Trump. Encontros buscam sensibilizar Congressistas e empresários sobre os impactos econômicos das sobretaxas ao Brasil.
Senadores brasileiros buscam apoio de parlamentares americanos para um manifesto que pede ao presidente Donald Trump o adiamento das tarifas ao Brasil, programadas para começarem em 1º de agosto.
O grupo de oito senadores em Washington se reuniu com dois senadores democratas nesta terça-feira (29) e não têm encontros marcados com o Executivo americano, o que limita as chances de avançar nas negociações.
Os senadores pretendem sensibilizar os congressistas e empresários para que se juntem ao manifesto. "Pedimos que assinem junto com a Câmara Brasil e Estados Unidos de Comércio", disse um dos senadores após encontro com Ed Markey.
Na última semana, 11 senadores americanos já haviam enviado uma carta criticando as tarifas. O objetivo é que eles assinem uma carta com a Câmara de Comércio dos EUA para rechaçar as sobretaxas.
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner, afirmou que o grupo busca adiar a aplicação das tarifas, com foco na prorrogação do prazo. Ele reconhece que não há expectativa imediata, mas espera abrir portas.
Além dele e do senador Carlos Viana, fazem parte da comitiva seis senadores, incluindo ex-ministros de Jair Bolsonaro. O grupo é presidido por Nelsinho Trad.
Se conseguirem articular com a Câmara de Comércio americana, será a segunda vez que os empresários se manifestarão sobre o tema. As reuniões desta segunda-feira (28) incluíram empresas dos setores petrolífero, farmacêutico, agroquímico, siderúrgico, transporte e tecnologia.
Empresas como Cargill, Exxon Mobil, IBM e outras se reuniram com os senadores para discutir o impacto das tarifas, que afetariam 6.500 pequenas empresas nos EUA.