Senado da Argentina rejeita Ficha Limpa, e Cristina pode disputar eleição de outubro
Senado argentino rejeita proposta que poderia barrar candidatura de Cristina Kirchner. A votação foi marcada por divisões internas e uma derrota para o governo de Javier Milei.
Senado da Argentina rejeita Lei da Ficha Limpa - Na noite de quarta-feira (7), o Senado não aprovou a lei que impediria a candidatura de políticos condenados em duas instâncias, o que poderia afetar a ex-presidente Cristina Kirchner.
O placar foi de 36 a 35, com a necessidade de pelo menos 37 votos para aprovação. A sessão durou quase 12 horas e foi considerada uma derrota para o governo de Javier Milei e para o ex-presidente Mauricio Macri. Milei lamentou o resultado em seu perfil no X.
Cristina Kirchner, figura central do peronismo, tenta se reerguer politicamente após um período de crise. Espera-se que ela concorra a uma vaga de deputada na província de Buenos Aires nas eleições de outubro, onde tem forte apoio.
Por outro lado, há leis em nove províncias que já bloqueiam candidaturas de condenados. O Senado discutiu a proposta para cargos nacionais, embora a ex-mandatária não esteja ocupando cargos públicos atualmente.
O projeto, que passou pela Câmara dos Deputados em versão reduzida, enfrentou desavenças internas entre os libertários e senadores de outras forças políticas. A aprovação da Lei da Ficha Limpa era vista como uma tentativa de proscrição política, especialmente de Kirchner, condenada a seis anos por corrupção no caso “Vialidad”.
A derrota se deu também por votos contrários dos senadores da Frente Renovadora, que anunciaram apoio à lei mas mudaram de posição.
Essa questão permanece pendente de apelações, já que a condenação não é definitiva, aguardando revisão na Suprema Corte.