Senado aprova MP que aumenta remuneração de militares em 9%
Senado aprova aumento de 9% nos soldos dos militares, garantindo benefícios a aproximadamente 740 mil pessoas. O reajuste, que representa um custo de R$ 3 bilhões no primeiro ano, segue esforços do governo para atender demandas de reajustes adicionais.
Senado aprova aumento de 9% para militares
Nesta quarta-feira (16), o Senado aprovou um aumento de 9% no soldo dos militares.
O projeto, que era uma medida provisória do governo, precisava ser aprovado até 8 de agosto para não perder validade.
O texto já havia passado pela Câmara dos Deputados em 10 de julho e agora segue para promulgação do presidente Lula (PT).
Em abril, ocorreu um aumento anterior de 4,5%, e em janeiro de 2024, haverá um novo reajuste similar.
O aumento custará R$ 3 bilhões no primeiro ano e R$ 5,3 bilhões no segundo, beneficiando cerca de 740 mil pessoas (militares da ativa, reserva e pensionistas).
No topo da **nova tabela**, almirantes de esquadra, generais e tenentes-brigadeiros terão seus soldos elevados de R$ 13.471 para R$ 14.711.
O soldo é o vencimento básico e varia conforme o posto. Com adicionais, os militares podem receber mais de R$ 40 mil.
Muitos, como os comandantes do Exército e Marinha, receberam R$ 39 mil em março, antes do aumento.
Cargos básicos, como marinheiro-recruta e soldado, terão seus salários de R$ 1.078 para R$ 1.177.
O deputado General Pazuello (PL-RJ), relator do texto, classificou o aumento como baixo, afirmando que o orçamento não permite mais.
O senador Hamilton Mourão (Republicanos - RS) destacou que a inflação no período foi de 34%, tornando o reajuste insuficiente para o poder de compra.
Durante a tramitação, emendas sobre despesas militares foram propostas, mas não foram incluídas na versão final.
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, vinha solicitando um reajuste desde 2023 e, em 2024, negociou o aumento após conversas com o presidente.
O aumento de 9% equivale ao que os servidores públicos federais receberam.