Sem pedido formal, Lula espera que Trump abra diálogo sobre tarifa
Governo brasileiro se prepara para negociar com os EUA sobre tarifas de 50% em produtos, mas espera que Trump tome a iniciativa do diálogo. Apesar do otimismo em relação a uma possível isenção de itens como café e cacau, as comunicações entre os dois países seguem fechadas.
Governo Lula espera diálogo com Trump sobre tarifa de 50%
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não solicitou formalmente uma reunião com Donald Trump (Partido Republicano), mas espera que este inicie um diálogo sobre a tarifa prometida.
Segundo apurações do Poder360, as declarações de Lula já serviram como convite para conversas. No entanto, a expectativa é que o diálogo se restrinja apenas a assuntos comerciais.
A Casa Branca, até agora, não procurou o Planalto para uma reunião, e não há sinais de que Trump esteja disposto a uma conversa nos termos desejados pelo governo brasileiro.
A dois dias do início da cobrança da tarifa, governistas manifestam otimismo com um possível recuo do governo norte-americano, embora um cancelamento total das tarifas seja considerado improvável.
O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, mencionou que produtos como café, cacau e manga podem ser isentos de tarifas, pois não são cultivados nos EUA.
O café brasileiro representa cerca de 1/3 do consumo norte-americano, e o governo brasileiro planeja negociar a exclusão de produtos importantes do aumento tarifário.
Apesar de declarações defensivas por parte de Lula e ministros petistas, a reação do Brasil tende a ser contida. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o Brasil não precisaria continuar comprando produtos dos EUA caso as tarifas sejam implementadas.
A expectativa, segundo Costa, é reabrir canais de negociação, embora atualmente não haja contato com a Casa Branca. As tentativas de negociação têm enfrentado dificuldades, principalmente devido a decisões controversas do ministro Alexandre de Moraes do STF.
Lula também insinuou que Trump pode estar blefando quanto às tarifas, reforçando um clima de isolamento nas relações Brasil-EUA nos últimos seis meses.