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Sem ‘especialista em internet’, avançam as conversas de Lula com a China sobre Defesa e Segurança

Ministro das Relações Exteriores nega importação de especialista chinês, mas revela intensas negociações com a China para modernização da defesa brasileira. A busca por autonomia e diversificação tecnológica se torna essencial em meio a desafios geopolíticos e sociais.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, desmentiu no Congresso que o governo esteja “importando” um especialista da China, como anunciado pelo presidente Lula.

Entretanto, a questão é mais complexa. Existem intensas negociações com a China para adaptar sistemas de defesa e segurança no Brasil, impulsionados pela urgência no combate ao crime organizado e pela dependência dos satélites Starlink, da empresa de Elon Musk.

O governo busca “autonomia” e “diversificação” para minimizar essa dependência, especialmente com a crescente tensão geopolítica dos EUA sob Donald Trump.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, esteve na China em março e participou de reuniões com diversos ministérios e Forças Armadas para discutir o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron).

No jantar em Pequim, Lula destacou a importância de  ampliar a coleta de informações e as conversas bilaterais para atualizar sistemas de defesa e segurança, com foco na estatal chinesa Norinco.

A Norinco desenvolve equipamentos sofisticados para a área de defesa, despertando o interesse do Brasil, que também busca evitar a dependência dos EUA.

No entanto, o Brasil enfrenta obstáculos como crise fiscal e a delicadeza política de não sacrificar liberdades individuais ao negociar com a China, que possui um histórico de monitoramento e censura.

O paralelo entre a necessidade de autonomia na defesa e o cuidado em não se alinhar completamente a nenhuma potência é o centro do debate.

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