Sem escritórios novos, centro de SP aposta em retrofit e sede do governo
Região central de São Paulo enfrenta desafios com edifícios antigos e estagnação da construção, mas projeto do governo pode impulsionar requalificação. Com investimentos de R$ 4,7 bilhões, a revitalização busca atrair novas empresas e modernizar a infraestrutura local.
Região Central de São Paulo: maior estoque de escritórios enfrenta desafios.
Prédios defasados e atividade estagnada desde 2018 afetam o mercado de trabalho.
Levantamento da Newmark mostra mais de 2 milhões de m² em 343 edifícios:
- 43% construídos entre 1950 e 1970;
- 25% entre 1971 e 1990.
A verticalização começou em 1929 com o edifício Martinelli. A expansão para a Paulista iniciou nos anos 1970.
Estoque do centro é antigo, escritórios têm metragens menores e especificações inferiores:
- Escritórios de classe C;
- Área de laje abaixo de 500 m².
Grandes empresas buscam escritórios AAA com andares acima de 1.500 m².
No centro, 50% dos edifícios são locados por órgãos governamentais, bancos e seguradoras.
Taxa de vacância está em 14,4%, abaixo da média da cidade.
O governo paulista planeja transferir seu centro administrativo para Campos Elíseos, adicionando 230 mil m² ao estoque do centro.
R$ 4,7 bilhões serão investidos em 12 prédios através de uma PPP.
Projeto pode acelerar a requalificação da região e atrair novos investimentos.
Atualmente, nenhum prédio corporativo está em construção no centro.
O programa Requalifica Centro oferece incentivos fiscais para revitalização de prédios antigos:
- Isenção de IPTU nos três primeiros anos;
- Redução de ISS para 2% em obras de requalificação;
- Flexibilidade na mudança de uso de prédios.
Até agora, 21 projetos aprovados geraram 1.902 unidades habitacionais e 28 pedidos em análise.
A mudança de uso pode criar uma nova região, melhorando a percepção de incorporadoras e potencializando a demanda para escritórios.